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13 anos, drogada prostituida: Chrstiane F. fala sobre seu livro


O muro de Berlim não tinha nem um ano de existência e a Alemãnha er ao centro da guerra fria quando Christiane Vera Felscherinow nasceu, em 20 de maio de 1962, na cidade de Hamburgo – a cerca de 288 quilômetros da então dividida capital alemã.

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Hamburgo fazia parte da Republica Federal da Alemanha, ou Alemanha Ocidental, o lado “capitalista” do muro. Tinha o segundo maior porto da Europa e era a segunda maior cidade do país. Vivia um efervescente e complexo momento sociocultural, com muita pobreza e criminalidade. Tudo isso gerou um grande movimento musical: começou a surgir bandas de rock.

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Christiane F., em 2013

Os Beatles se apresentaram bastante vezes na cidade, por exemplo. Mais de 250 vezes entre 1960 e 1962.

Apesar de Christiane ser bastante ligada a musica, infelizmente o que mais teve influência na vida dela foi o submundo de violência, crimes e drogas da cidade. Ela teve sua vida marcada pela prostituição antes mesmo de completar 14 anos. História contada no duro livro Eu, Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída.

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O livro foi lançado faz mais de 40 anos, vendeu milhões de cópias. Chocou e emocionou o mundo inteiro, não só a sociedade alemã na época. O livro conta a vida precoce da autora, dos seus doze aos quinze anos, vivendo seu vicio por heroína e sendo vitima da prostituição infantil.

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Três anos após o lançamento do livro, em 1981 a história seria adaptada para a versão cinematográfica. Estrelado por David Bowie, alcançou sucesso e transformou a personagem de Christiane em uma espécie de popstar, mas também mostrando o lado sombrio de sua vida. Ela se tornou então, uma espécie de celebridade junkie ao mesmo tempo que servia como aviso de prevenção às drogas.

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Por trás dessa incrível e sombria história, há uma pessoa, que passou por muitas dores e desafios e conseguiu de repente, graças a literatura, subir na vida e ter seu conforto, saúde e segurança. Quando o livro foi lançado, Christiane só tinha 16 anos! Quando saiu o filme ela tinha 19. Ninguém acreditava na época, e seguem sem creditar, que a jovem que tem sua história contada ainda esta viva!

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Hoje ela completa 56 anos, 40 anos atras lançou seu livro. Ela segue viva, lutando contra o vicio e vivendo dos direitos de sua história.

“Eu sou e vou continuar sendo uma junkie star

Ela se mudou com a familia para Berlim quando ela tinha seis anos de idade. E aí tudo desmoronou, com o pai sendo abusivo e a mãe negligente! Aos 12 anos usava LSD e conheceu Detlef, um namorado que ela conhecerá na boate Sound. Aos 13 anos descobriu a heroína no show de David Bowie e aos 14 se prostituia.

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Aos 15, encontrou-se com os jornalistas Kai Herrmann e Horst Rieck e contou a eles sua história. O livro seria desenvolvido em uma parceria entre os jornalistas e Christiane.

O livro reflete a geração da Alemanha durante a guerra fria. O livro é cru e direto e isso conquistou leitores e fãs no mundo inteiro. Era um livro que precisava ser escrito, uma história que precisava ser contada!

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A autora admite que nunca esteve completamente longe das drogas. Ela segue bebendo e  fumando maconha,mas luta fortemente contra a metadona! Ela nunca quis, de fato, desistir das drogas. Ela afirma que elas são a unica coisa que faz sentido em sua vida.

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Ela também contraiu hepatite C, por conta de uma seringa compartilhada infectada, depois teve cirrose e foi presa diversas vezes. Teve um filho e perdeu, reconquistou e depois perdeu novamentea custódia da criança.

“Eu morrerei em breve. Eu sei disso. Mas eu não deixei de fazer nada em minha vida. Estou bem com isso. Então, eu não recomendaria: essa não é a melhor vida para se viver, mas é a minha vida”.

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“O que mais me incomoda é essa coisa sobre Christiane F. ‘Será que ela está limpa agora, ou não?’. Como se não houvesse nada mais para ser dito sobre mim. E eu não consigo ficar limpa. É o que todos sempre esperaram de mim. Os médicos reclamam, mas eu tenho uma vida, no fim das contas”, ela desabafa.

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É a partir desse dilema que sua vida se constitui. É preciso, assim como ela, ter uma visão nao romantizadora, mas também não endemonizadora das drogas! É preciso entende-las como uma questão de saúde que deve ser avaliada de maneira clínica e séria. Tudo nessa questão deve ser resolvido de maneira pragmática.

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 “A heroína é parte de quem eu sou, como poderia me arrepender? Ela me fez rica, me fez famosa. Eu viajei no jatinho do David Bowie, e tudo por causa dela”. ela diz, confundindo desavisados.

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