Pesquisadores da Universidade de Harvard estão experimentando uma ferramenta molecular chamada CRISPR, que é usada para “editar” ou “corrigir” o genoma de qualquer célula, e assim permitir alguns desenvolvimentos significativos nela.
Essa técnica também serve para curar doenças falciformes, combater a fome e até eliminar o câncer.
Incrivelmente, esta ferramenta de edição genética pode até mesmo retomar espécies da extinção, e os cientistas disseram que a primeira espécie a ser retomada seria o mamute lanoso, em 2019.
FUNKMONK / WIKIPEDIA
O professor George Church e sua equipe da Universidade de Harvard vêm estudando o DNA de mamutes congelados encontrados no Ártico, concentrando-se em encontrar os genes que os separam dos elefantes.
“Nosso objetivo é produzir um embrião mamífero híbrido de elefante”, disse o professor George Church. “Nosso objetivo é produzir um embrião híbrido de elefante / mamute – na verdade, seria mais como um elefante com uma série de características gigantescas – ainda não conseguimos, mas pode acontecer em 2019.”
Essa criatura será chamada de “mamute” e seria como um elefante, mas com orelhas pequenas, cabelos longos, sangue adaptado ao frio e à gordura subcutânea.
Leiden Museum, na Holanda
Essa tecnologia CRISPR é uma ferramenta molecular usada para “editar” ou “corrigir” o genoma de qualquer célula. Funcionaria como uma tesoura molecular com a capacidade de cortar qualquer molécula de DNA de uma maneira muito precisa e controlada.
Essa capacidade de cortar o DNA é o que permite modificar sua sequência, eliminando ou inserindo um novo DNA.
Reuters
Independentemente de isso funcionar ou não, os cientistas questionam se seria certo criar um animal extinto, uma vez que atualmente o clima da Terra não é o mesmo daquele tempo.
“Esperamos fazer todo o procedimento ex vivo (fora de um corpo vivo)”, disse ele. “Não seria razoável comprometer a reprodução feminina em uma espécie em extinção”.
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