Todo mundo diz que dinheiro não compra felicidade, mas todos concordam que ele ao menos ajude, em parte, a melhorar a vida.
O problema é que ninguém nunca acha que tem dinheiro suficiente. As pessoas sempre querem mais!
Uma recente pesquisa, feita pela Escola de Negócios de Harvard, constatou que a maioria dos ricos acredita que com mais dinheiro será mais feliz. O mais surpreendente, no entanto, é que 1/4 dos milionários entrevistados diz que, para ser “feliz”, precisaria que sua riqueza aumentasse em 1.000%. Outro 1/4 respondeu que precisaria de um aumento de 500% de sua fortuna para sentir-se completamente bem.
Grant Donelly, pesquisador responsável pelo estudo, conta que, segundo os resultados, uma grande riqueza significa felicidade para os entrevistados. Mas há detalhes aos quais devemos prestar atenção! Por exemplo, há um limite que marca um ponto de mudança entre os entrevistados.
“Os que têm um patrimônio superior a US$ 8 milhões (R$ 26,48 milhões) são significativamente mais felizes que os que têm US$ 1 milhão (R$ 3,31 milhões)”.
Ainda, Donelly diz que não se pode estimar uma cifra exata de dinheiro para que uma pessoa se sinta feliz, mas que há certos parâmetros.
“Os ganhadores do prêmio Nobel de Economia, Daniel Kahneman e Angus Deaton, sugerem que uma renda anual de US$75.000 (o equivalente a R$ 248,2 mil) é ideal. Nossos resultados sugerem que a felicidade aumenta quando a riqueza cresce, incluídos nessa lista os mais ricos”, observa o pesquisador. ”Na medida em que as pessoas têm um trabalho que consideram significativo e que incrementa sua riqueza, podem experimentar mais felicidade”.
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Um elemento que surpreendeu ao pesquisador foi que quando questionados em quanto teriam que aumentar seus patrimônios para serem um ponto mais felizes – na escala de 1 a 10 – os entrevistados responderam mais de 100%. Ou seja, a ambição de ter mais poder econômico parece não dar trégua a qualquer escala.
Aqueles que viraram milionários por intermédio de outra pessoa, e não através de si mesmo (seja via casamento ou herança) expressaram sentir-se menos felizes do que aqueles que construíram seus patrimônios a partir do trabalho.
Apenas 13% dos entrevistados alegaram satisfação com o dinheiro que têm. O que faz do ser humano uma criatura tão insatisfeita? Por que perdemos o nosso contentamento a ponto de não nos saciarmos com quantias gigantescas de dinheiro? O que, afinal, impede uma pessoa muito rica de ser feliz?
Esses são questionamentos que deixamos para você responder na seção de comentários, pois ainda não há pesquisas recentes que respondam essas perguntas. Elas fazem parte do mistério da complexidade humana.
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