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Entenda a teoria do multiverso e como ela divide a opinião dos especialistas


Você conhece a teoria do multiverso? Basicamente, é uma teoria da astrofísica sobre a possibilidade de existirem universos paralelos infinitos.

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Calma. Os cientistas não têm (ainda) nenhuma evidência concreta para a existência desses infinitos paralelos.

No entanto – e sempre há um entanto, alguns modelos teóricos sugerem que o multiverso é capaz de resolver enigmas fundamentais da física, como se fosse a peça faltante do quebra-cabeça.point 250 |

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Que questões os tais universos paralelos seriam capazes de responder? Por exemplo, por que os parâmetros do nosso universo, incluindo a força eletromagnética entre as partículas e o valor da constante cosmológica, têm valores que estão exatamente no pequeno intervalo necessário para a vida existir.point 255 |

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Traduzindo para que todo mundo entenda: por quê, dentre bilhões de outros universos lá fora, o nosso é o único habitável – o que faz do nosso universo algo tão diferenciado?point 143 | 1

Apesar das respostas possibilidades pela teoria, há uma certa descrença em relação à hipótese do multiverso. Apesar de fascinante e muito bonita, a teoria até o presente momento não passa de especulação. A falta de dados a enfraquece perante à comunidade científica.

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Os cientistas George Ellis e Joe Silk, em um artigo de 2017 sobre o tema, advertiram sobre os perigos da especulação: “se os físicos teóricos começarem a afastar-se das ideias sobre o que constitui uma teoria científica legítima, podem danificar a credibilidade pública da ciência, o que poderia ter consequências catastróficas num momento em que debates sobre a mudança climática e evolução ainda estão em curso.

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No entanto, segundo Ranga-Ram Chary, cientista e gerente de projeto do Data Center US Planck em Caltech, o conceito pode sim ser testável.point 166 | Chary publicou um estudo em 2015 no Astrophysical Journal detalhando anomalias estranhas na radiação cósmica de fundo (CMB) – o restante da radiação oriunda do Big Bang.point 311 |

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Estas anormalidades, encontradas na análise dos dados do telescópio Planck, podem ser uma evidências de “nódoas negras”, que ocorrem quando um universo esbarra contra outro.point 149 | 1

“Pense nisso como bolhas em uma garrafa de refrigerante. Cada bolha é um universo. Se as bolhas são raras, elas nunca iriam colidir e nós nunca saberíamos da existência de outro Universo. Nesse caso, procurar um multiverso é apenas ficção. Se, no entanto, elas não forem raras, esses universos podem colidir e podemos ver a marca na CMB’’, explica Chary.

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O que se pode constatar é que a maioria dos cientistas parecem concordar que a ciência deve ser rigorosa e refutar teorias que não envolvam hipóteses falsificáveis (que podem ser confirmadas ou não através de dados), no entanto, há um limite de conhecimento que nos frustra e aterroriza, e isso nos leva a misturar intuição e crença com conhecimento.point 342 |

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O questionamento que fica é o seguinte: é importante que sejamos honestos sobre as coisas que entendemos e não entendemos, mas somos capazes de fazer isso o tempo todo?point 140 | 1

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