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Etiquetas japonesas que os ocidentais têm dificuldade de entender


Toda nacionalidade ou cultura tem um modo de vida em que as pessoas seguem um conjunto de regras e regulamentos sociais predefinidos, que os distinguem de outras sociedades.

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Para um estrangeiro, alguns desses códigos de conduta podem ser compreendidos como engraçados, irracionais e bastante incomuns. Neste artigo, separamos algumas das etiquetas japonesas que os ocidentais podem não entender.

Títulos honoríficos: os honoríficos são palavras ou títulos atribuídos às pessoas para implicar sua posição distinta na sociedade – por exemplo, o Dr., o Sr. ou a Sra. No Japão, há um conjunto único de honoríficos, que geralmente são sufixos adicionados ao nome de um indivíduo, a fim de indicar sua posição social. Embora esquisitos, alguns deles fazem todo o sentido:

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1. -San. Este é um honorífico familiar e mais informal, geralmente usado entre pessoas que são socialmente equivalentes, como colegas de escola, companheiros de trabalho ou colegas de idade.

2. -Sama. Este é usado para se dirigir formalmente aos anciãos ou a figuras de autoridade.

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3. -Kun. É usado quando alguém hierarquicamente superior interage com alguém hierarquicamente inferior, e ambos têm um certo nível de intimidade entre si. Utiliza-se principalmente no tratamento com crianças, adolescentes e funcionários mais jovens (como estagiários, por exemplo).

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4. -Chan. É usado para dirigir-se a alguém com quem se tem muita intimidade e carinho. Chan adota uma linguagem infantil, então se utiliza principalmente com animais de estimação e crianças.

5. -Tan. Dirige-se a algo ainda mais adorável, mas com o qual se tem intimidade e não há diferença hierárquica.

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6. -Senpai. Usado para se referir a pessoas mais experientes em um campo de trabalho específico ou a colegas de escola com um nível de ensino superior (os veteranos).

7. -Kohai.  É o oposto de Senpai, ou seja, é utilizado com pessoas menos experientes e mais jovens. No entanto, é pouco utilizado pois pode denotar arrogância.

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Cartão de Visita: Também conhecido como Meishi, o cartão de visita faz parte da etiqueta japonesa e é uma peça importante para o mundo dos negócios e das relações profissionais. Quase todo mundo no Japão tem um cartão de visita, e os empresários mais poderosos podem ter o seu volume impresso trimestralmente.

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Regras básicas: é evidente que existem algumas regras simples a seguir ao manusear um cartão de visita. Por exemplo, deve-se manusear o cartão com ambas as mãos, seja receptor ou emissor da ação. A outra parte deve ler o cartão com cuidado, demonstrando respeito. Aquele que está numa hierarquia inferior, deve apresentar o seu cartão primeiro, para que depois a outra parte apresente o seu.

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Ocasiões para se presentear alguém: ao contrário de muitas outras culturas, a oferta de presentes é muito séria no Japão e funciona como uma obrigação social.point 185 | A apresentação do presente é tão importante quanto o seu conteúdo, por isso os presentes geralmente envolvem uma embalagem estilizada e artística.point 310 |

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Algumas ocasiões em que se presenteia alguém: Temiyage (ao visitar uma pessoa na sua casa), Omiyage (ao voltar de uma viagem, presentear a família com alguma lembrancinha), Omimai (presente dado a alguém que está hospitalizado), Gawari Meishi (presente dado em troca de uma ajuda prestada ou como desculpa por ter causado algum transtorno), dentre outras.point 305 | 1

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Tipos de presentes: muita atenção na mensagem que o seu presente passa!  No Japão, um buquê de flores brancas devem ser retiradas da lista de presentes, porque estas são usadas durante funerais ou outros momentos de tristeza.point 242 |
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 Em segundo lugar, não ofereça objetos de porcelana ou cerâmica em casamentos, pois presentes frágeis são como um mau presságio para a união do casal.point 127 |  Finalmente, presentes associados com fogo, como isqueiros e velas, nunca devem ser dados a alguém que se mudou para uma casa nova; eles também podem implicar má sorte.point 269 |

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 point 6 | 1

Recebendo um presente: O recebimento de presentes é tão sério quanto a doação de presentes, portanto, mesmo que o presente oferecido seja indesejado, o destinatário deve fingir sua surpresa, de modo a não prejudicar o espírito do doador. O doador também deve encenar uma certa humildade, agindo como se o presente fosse demasiado barato ou pequeno, envergonhando-se por isso.

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Seiza: Esta é a posição japonesa formal de se sentar no chão. A pessoa se ajoelha com as duas pernas juntas e os pés pousados no chão. Em outras configurações informais, geralmente se pode cruzar as pernas (agura) – isso vale mais para os homens, pois as mulheres costumam dobrar suas pernas para o lado (Yoko-zurwari).

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Sentar-se: A seiza pode ser desconfortável, sobretudo para quem não se identifica com a cultura formal japonesa. Portanto, os inovadores surgiram com um banquinho conhecido como o “assento seiza“, que é leve e pode ser dobrado na bolsa de quem o transporta. Basicamente, o que esse banquinho faz é tirar a pressão das pernas e dos pés, mantendo a posição adequada de Seiza.

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O dinheiro importa: no Japão, é socialmente antiético administrar diretamente o dinheiro, oferecendo-o ao atendente no caixa. O correto é esperar que uma bandeja seja oferecida para então depositar o dinheiro nela.

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Curve-se: esta é a forma mais reconhecida de etiqueta japonesa, e até os ocidentais sabem disso.point 132 | No Japão, as pessoas se curvam enquanto se saúdam, despedem-se ou demonstram gratidão e respeito.point 216 |

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Dependendo do motivo, existem formas diferentes de se curvar.point 55 |  Para praticar um cumprimento japonês perfeito, pode-se estar sentado ou em pé – depende da situação.point 147 | Se você está pedindo desculpas, pode curvar-se de pé (se for algo menos sério) ou então curvar-se sentado (se o motivo for mais grave).point 259 |

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O cumprimento mais comum é abaixar a cabeça em 10 graus como saudação – no entanto, ao conhecer pessoas novas, principalmente superiores na hierarquia, o correto é curvar-se em trinta graus.point 166 | A reverência não é um sinal de humilhação ou de submissão, mas de respeito e harmonia.point 237 | 1

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Mokurei (reverência do olhar): bastante informal; a pessoa apenas acena com os olhos para baixo, deixando o resto do corpo ereto. Embora comum, só deve ser restrito a amigos íntimos e familiares, ou pessoas com quem se tenha um status social igual.

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Eshaku (saudação de quinze graus): saudação casual usada por confrades ou amigos com quem se tem um status social igual. Essa saudação não deve ser apressada nem atrasada, e não pode demorar mais de 3s.

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Senrel (o cumprimento educado de 30 graus): realizado em situações mais formais mas também não muuuuito formais, deve ser praticado na posição de seiza (sentado). A pessoa coloca as palmas da mão no chão, posicionadas na frente do joelho, e se curva, olhando também para o chão. 

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Keirei (cumprimento do respeito, de 45 graus): realizado quando a pessoa perante a você é superior ou possui um status social respeitável. Se de pé, deve-se curvar-se em 45 graus, olhando para o chão. Se na posição de seiza, as palmas das mãos devem ser trianguladas no chão e a reverência deve durar aproximadamente três segundos, sem parecer apressada.

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Comendo com os famosos pauzinhos: os hashi fazem parte de uma importante etiqueta japonesa, aquela que se pratica na mesa. Os hashi não devem servir para esfaquear a comida nem devem ser esfregados um no outro.

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Cuidado: passar peças de comida usando pauzinhos durante uma refeição é altamente proibido, pois simboliza má sorte. Por outro lado, quando se morre, durante um funeral budista, os restos de um falecido cremado passam de um membro da família para o outro usando pauzinhos antes de caírem na urna.

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Afundar os hashi na comida: evite deixar os pauzinhos na vertical, pois isso é feito para homenagear os mortos durante os funerais; justamente por isso, fazer isso durante uma refeição é atribuído à má sorte.

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Comer andando: comer enquanto se está em movimento é bastante antiético no Japão, embora as gerações mais recentes estejam adquirindo esse hábito (bastante comuns no Ocidente). Mesmo as estandes de alimentos estão equipadas com caixas e bancos, para que os fregueses possam sentar-se e comer no local. Portanto, não se surpreenda se atrair olhares na rua, caso esteja lanchando enquanto caminha.

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E então, o que achou desses aspectos da etiqueta japonesa? Você conhece alguma etiqueta excêntrica? Na sua família, há alguma regra de boas maneiras que você identificaria como diferente? Conte para a gente e compartilhe este artigo com seu amigo que tem curiosidade em conhecer o Japão!

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